Lomadee

terça-feira, 12 de abril de 2011

Crédito: Luiz Filipe Barcelos/ UnB Agênc
 A enxurrada que varreu a Universidade de Brasília na noite de domingo destruiu paredes, equipamentos e salas que sequer haviam sido inauguradas. No momento em que a UnB vive sua refundação, com ampliação de 50% de sua estrutura física, terá que lidar com a reconstrução de seu prédio mais importante.
  O tamanho dos prejuízos no Minhocão só poderá ser calculado a partir desta terça-feira. A Defesa Civil vai determinar quais áreas podem ser liberadas para uso e quais precisam de reparos. O risco de desabamentos foi descartado. “O custo da destruição é altíssimo, mas não vou permitir nenhum risco pessoal”, afirmou o reitor José Geraldo de Sousa Junior. Laboratórios que contenham materiais químicos e biológicos potencialmente perigosos passarão por uma inspeção especial. O quadro é bastante grave, “beirando o desastre”, segundo o coronel Vicente Tomas, chefe da Defesa Civil.
  As aulas no campus Darcy Ribeiro serão retomadas na quarta-feira. O Decanato de Ensino de Graduação e a Prefeitura estão buscando espaços alternativos para substituir os anfiteatros alagados pela chuva. Serão usadas salas na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e em outros prédios do campus. No Minhocão, os espaços liberados pela Defesa Civil também serão usados.
  Para a reconstrução, o reitor vai buscar recursos junto ao Ministério da Educação. O secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, já se colocou à disposição para apoiar as obras necessárias e repor os equipamentos perdidos. Parte das salas e anfiteatros destruídos haviam sido recém-reformados com verbas do Programa Nacional de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Um laudo da Defesa Civil vai permitir que os serviços de reconstrução sejam contratados de forma emergencial, sem licitação, o que vai reduzir bastante o tempo para o começo dos reparos.
  Até lá, a comunidade acadêmica está se mobilizando para ajudar como puder. Professores das áreas de Engenharia Elétrica e Engenharia Civil serão chamados para analisar os estragos da estrutura. Os estudantes decidiram organizar um mutirão para a limpeza. “Nossa comunidade sempre soube se unir em momentos de crise, e desta vez não é diferente”, afirmou o reitor.

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